Razões
Esta estória é dedicada a todas as Anas, a todas as Ritas e a todos os homens que a poderiam ter escrito... eu conheço vários!
Acusas-me de falta de amor. Para ti é muito mais fácil julgar-me, acreditar que não fiquei contigo por falta de amor do que tentar compreender as minhas razões.
Ana, tu não me deixaste alternativa. De um dia para o outro resolveste que tinha que escolher: "ou eu ou ela"; e nem sequer me deste tempo para decidir, achaste que ponderação era sinónimo de hesitação e que esta se confundia com o facto de não gostar de ti. Preferiste a dúvida ao conflito e foste embora, sem mais nem menos. Não quiseste perceber que há posições que não se podem tomar de ânimo leve, levianamente.
Neste caso, havia demasiada coisa em jogo... a nossa relação e a minha relação com a Rita. Eu sei que vais dizer que sou um filho-da-mãe e que os homens são todos iguais. Mas, na verdade e para ser honesto, gosto muito das duas. Vocês completam-se e completam-me. Como é óbvio, sei perfeitamente que jamais poderia ficar com ambas; digo-te isto apenas para que percebas o dilema em que me vejo metido. Com a Rita tenho uma história de anos, com tudo o que isso tem de bom e de mau. Temos uma vida em comum e carregamos o peso que resulta desse facto; mas, já não sei o que é que sobra apesar disso. Contigo, pequenina, vivi a vertigem da redescoberta da paixão, voltei a sentir. Talvez viva um conflito interior, de um lado a minha necessidade premente de segurança e do outro o arrebatamento.
Quando te conheci, olhei para ti e vi mais uma. Ias ser mais um risco na parede. Mas, trocaste-me as voltas, dificultaste-me a vida e adquiriste o estatuto de trofeu. Tive que te conquistar aos poucos, avançando umas vezes e recuando outras, durante muito tempo. O problema tomou forma e eu não me apercebi. quanto mais te envolvia, mais envolvido ficava. Não levei a Taça. Foste embora, de repente, deixando um enorme vazio.
Eu não sei se teria trocado a estabilidade que a Rita e a minha relação com ela me ofereciam, por uma estória de contornos incertos com uma mulher como tu. Seja como for, percebi que gostava muito de ti, no dia em que te perdi. Senti que a minha vida havia perdido a luz e a côr que só tu lhe emprestavas.
Fiquei com a Rita, porque tu te foste embora. Não lutaste por mim. Não quiseste ficar ao meu lado para me mostrar, que valia a pena investir em nós, que a minha relação com ela tinha caído num marasmo insuportável e que só continuávamos juntos por hábito e comodismo.
Foste embora com o intuito de não sofrer, sem pensar por um minuto sequer que me poderias estar a magoar. Se calhar, eu para ti é que era um trofeu, um capricho de menina mimada... por isso foste embora... pela falta de amor de que me acusas.
Acusas-me de falta de amor. Para ti é muito mais fácil julgar-me, acreditar que não fiquei contigo por falta de amor do que tentar compreender as minhas razões.
Ana, tu não me deixaste alternativa. De um dia para o outro resolveste que tinha que escolher: "ou eu ou ela"; e nem sequer me deste tempo para decidir, achaste que ponderação era sinónimo de hesitação e que esta se confundia com o facto de não gostar de ti. Preferiste a dúvida ao conflito e foste embora, sem mais nem menos. Não quiseste perceber que há posições que não se podem tomar de ânimo leve, levianamente.
Neste caso, havia demasiada coisa em jogo... a nossa relação e a minha relação com a Rita. Eu sei que vais dizer que sou um filho-da-mãe e que os homens são todos iguais. Mas, na verdade e para ser honesto, gosto muito das duas. Vocês completam-se e completam-me. Como é óbvio, sei perfeitamente que jamais poderia ficar com ambas; digo-te isto apenas para que percebas o dilema em que me vejo metido. Com a Rita tenho uma história de anos, com tudo o que isso tem de bom e de mau. Temos uma vida em comum e carregamos o peso que resulta desse facto; mas, já não sei o que é que sobra apesar disso. Contigo, pequenina, vivi a vertigem da redescoberta da paixão, voltei a sentir. Talvez viva um conflito interior, de um lado a minha necessidade premente de segurança e do outro o arrebatamento.
Quando te conheci, olhei para ti e vi mais uma. Ias ser mais um risco na parede. Mas, trocaste-me as voltas, dificultaste-me a vida e adquiriste o estatuto de trofeu. Tive que te conquistar aos poucos, avançando umas vezes e recuando outras, durante muito tempo. O problema tomou forma e eu não me apercebi. quanto mais te envolvia, mais envolvido ficava. Não levei a Taça. Foste embora, de repente, deixando um enorme vazio.
Eu não sei se teria trocado a estabilidade que a Rita e a minha relação com ela me ofereciam, por uma estória de contornos incertos com uma mulher como tu. Seja como for, percebi que gostava muito de ti, no dia em que te perdi. Senti que a minha vida havia perdido a luz e a côr que só tu lhe emprestavas.
Fiquei com a Rita, porque tu te foste embora. Não lutaste por mim. Não quiseste ficar ao meu lado para me mostrar, que valia a pena investir em nós, que a minha relação com ela tinha caído num marasmo insuportável e que só continuávamos juntos por hábito e comodismo.
Foste embora com o intuito de não sofrer, sem pensar por um minuto sequer que me poderias estar a magoar. Se calhar, eu para ti é que era um trofeu, um capricho de menina mimada... por isso foste embora... pela falta de amor de que me acusas.
1 Comments:
At 10:40 da tarde, Maria said…
Há pessoas que não percebem que os afectos não se escolhem... Que não podemos decidir de quem gostamos mais e menos... Sobretudo quando estão em causa amizades... Tenho pena dessa Ana, que me parece diferente desta que te escreve, porque não percebe isso, porque te pediu que escolhesses aquilo que é impossível de escolher...
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