Worl Press Photo, o poder da imagem
"(...) A fotografia abunda em ambiguidades e cada imagem é uma viagem ao desconhecido. O quê, onde, quando, quem? E logo, obviamente, porquê? A resposta não está nas próprias fotografias: estas servem apenas como catalizadores que despertam a nossa atenção e a nossa consciência. (...)"
A exposição deste ano da World Press Photo, patente no CCB, prima mais uma vez pelo brilhantismo a que já nos habitou.
Na era da imagem, como veículo primordial da comunicação, o fotojornalismo assume-se em toda a sua plenitude.
'Uma imagem vale mais do que mil palavras'... parece um contra-senso, mas a verdade é que as imagens são univesais, falam por si, dispensam tradutor... independentemente da língua em que o ser humano se expresse, rostos de alegria, esgares de dor, retratos de violência, são expressões de vida nas quais todos nos reconhecemos sem precisar de legendas.
"A câmara não necessita ser um recurso mecânico. Como a pena, é tão boa como a pessoa que a utiliza. Pode ser o prolongamento da mente e do coração". ( John Steinbeck)
Sou completamente apaixonada por fotografia, pelo poder que nos confere... a possibilidade de captar o instantante, a hipótese de perpetuar o momento, a arte de revelar o mundo, instrumento de denúncia... A realidade nua e crua.
Naturalmente, esta exposição assenta na diversidade temática; pelo que, ao longo do corredor e nas diversas salas, se experimentam diferentes sensações, reacções e estados de alma.
Houve variás fotografias que me marcaram, umas pela violência, outras pela ternura... havendo sempre um denominador comum: o espanto.
Destaquei esta fotografia do "Clean Monday", por ter sido atingida pelo poder deste sorriso, pela força deste abraço... foi 'amor à primeira vista'.
Depois, o retrato do horror... sem palavras que o definam, um olhar que diz tudo... um rosto marcado pela dor de lágrimas silenciosas.
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