No rasto do sol

segunda-feira, julho 04, 2005

Cada vez gosto mais de ti...

Cada vez gosto mais de ti, porque sim... porque estas coisas não se explicam, sentem-se e vivem-se. Ainda que não possam ter nome, mesmo que se situem fora do tempo e sejam (quase) idiossincrásicas.
Encontrei-te na vida, talvez para a vida, na expressão frágil dos afectos e "fui descobrindo devagar cada sorriso teu".
Isto pode até não ser certo (mas é possível!), só que não posso parar esta estória porque, fazes parte de mim e eu cada vez gosto mais de ti.
Fazes parte de mim, do meu corpo e da minha alma. Sinto-te meu, nos instantes perfeitos em que a vida se encarrega de nos juntar, pondo-nos frente a frente. Fazes parte de mim!
Pode até ser loucura mas, estou feliz! Ficas-me impregnado na pele e o teu sorriso enche-me os dias, mesmo na tua ausência, fazes-me feliz.
As coisas valem pelos momentos em que acontecem, ambos partilhamos essa opinião, e, as nossas coisas e os nossos momentos valem na medida certa dos nossos afectos... muito, tanto!, o suficiente para sair de junto de ti ora cheia, ora vazia por ter que te deixar. Gosto muito de ti, tanto, demais, cada vez mais!
Enches a minha vida de côr. Tu! Tu que não és meu, sabendo estar como se fosses. Tu que estás não estando e te dás não te dando, comigo estás e és, talvez porque (também) sentes. Sentes-me a mim... podes sentir nos intervalos que a vida te vai concedendo. E, deve ser, por isso que cada vez gosto mais de ti. Gosto, só por gostar... de ti e de nós... do que somos juntos.
Entre nós, a comunicação perfeita que se estabelece entre dois seres que se (re)conhecem. Entre nós, nós, só nós. Nós, que somos por e para (re)existir, através de uma soma perfeita de afectos -felizmente!- tão imperfeitos.
E é por isso que tenho saudades, porque cada vez gosto mais de ti e sinto, tanto, tanto a tua falta. Acumulam-se beijos e abraços, manifestações várias dos nossos afectos (tantas vezes adiados, reprimidos, recalcados, sublimados...) que acabam por eclodir na tensão dos nossos encontros...
Estarmos juntos... a cada dia, todos os dias... porque cada vez gosto mais de ti. Temos um mundo só nosso, um mundo que criámos só para podermos ser. Estou contigo, esqueço o resto... esqueço o mundo, o outro, porque tu tens a capacidade de te tornar no meu mundo (quase) perfeito nos momentos em que estás (omni)presente.
E gostar deve ser isto... por isso é que cada vez gosto mais de ti e te sinto mais presente, em mim.

2 Comments:

  • At 9:33 da manhã, Blogger Angelica said…

    adorei o teu texto, identifiquei-me muito com ele.... amor impossível, mundo só nosso... tudo o que descreves entendo tão bem....

    beijinhos

     
  • At 4:49 da tarde, Blogger Zeferino Ferreira said…

    O Amor é realmente algo tão estranho, tão intenso, eu diria a cegueira mais maravilhosa que pode existir. Muitas vezes estamos cegos de amor, mas somos felizes, é a única vez em que alguém cego é feliz. As relações devem ser vividas com intensidade, compaixão,porque se queres controlar as emoções perdes a beleza do amor, da relação, da interacção de dois seres na busca de algo mais do que uma união. Dá-se cara amiga Inês uma fusão que nem sempre é perfeita, mas quando o é, o mundo desaparece, e tudo o que era antes imprtante perde o seu valor inicial.

     

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